Robalos com Vinis

Truques e estratégias que fazem “magia”

Texto: Hugo Modesto
Fotos: Autor

Quando falamos em “magia” na pesca referimo-nos a estar atentos a certos detalhes que podem fazer a diferença. É a natureza e os peixes é que ditam as regras e, fruto de muitas horas sobre a água, os pescadores mais experientes conseguiram obter um padrão comportamental dos robalos que permite tirar algumas conclusões interessantes e que cumpridas na altura certa podem valer mais umas capturas. Foi isso que Hugo Modesto fez… embora um bom “mágico” nunca revele os seus segredos.

O que neste artigo vos proponho é um apanhado de pequenos truques na pesca ao robalo com vinis, algo que fui aprendendo com o tempo e bate quase sempre certo e que não se trata de magia. Já muito se falou e escreveu sobre vinis, a intenção deste artigo é partilhar experiências neste tipo de pesca, uma adquiridas outras partilhadas por quem “sofre” do mesmo “mal”.

O USO DO CLIP EM DETERMINADOS VINIS PREJUDICA O DESEMPENHO

Todos sabemos o quanto é mais cómodo na hora de mudar de artificial termos um clip na ponta da nossa baixada. Pois é, mas podemos estar a condicionar o desempenho do nosso vinil. Nota se ainda mais se a nossa escolha for o finesse. O uso do clip faz com que o vinil não nade tão naturalmente na fase da animação e estamos a fazer com que se produza um pequeno ruído metálico da fricção entre o olhal do cabeçote e o próprio clip. Já existem no mercado marcas que os fazem com uma protecção de plástico, mas mesmo assim não me convencem! A melhor alternativa é atar a nossa baixada directamente ao olhal do cabeçote.

O USO DE VINIS COR DE ROSA

Nem só de cores naturais vive o robalo! Nunca acreditei muito nesta cor, achava mesmo que era daqueles para “apanhar pescadores” mais sensíveis à cromática rosa ou por aqueles que se faziam acompanhar pelas suas “cara-metade” nas compras da pesca e cediam ao seu lado feminino. Mas é verdade, funciona.

Já vos aconteceu depois de capturarem robalos repararem que estes estão a deitar fora ferrado de choco ou lula?

Pois é, chegou a hora:
é nesta altura que o rosa faz a diferença e justifica a sua presença na nossa Selecção. Afinal resulta, obrigado Maria!

CARA OU COROA?

Alguns modelos de vinil podem ser montados de duas maneiras. Apesar de em uma das situações o shad ficar para cima, podemos jogar com a face que nos convém mais. Com a face mais pontiaguda (barriga) para baixo vamos ter uma natação mais estável com menos oscilações de direcção e mais rápida a baixar, a descer; por outro lado se optarmos por montar na face plana que convencionalmente seriam as costas do vinil, teremos uma natação mais planante, exercendo mais força no meio líquido dando-lhe características irresistíveis para os mais desconfiados robalos. Às vezes a apresentação é tudo.

LEVEZA: A MAIOR DE TODAS AS ARMAS

Para mim este é o maior segredo: a leveza com que se pesca deve ser coerente com a circunstância.

Sempre que possível devemos pescar o mais leve para as condições existentes à altura. Não existe uma fórmula matemática para isto, mas a experiência ensinou-me que devemos pescar no limite de peso para “aquela“ deriva e profundidade, potenciando assim a naturalidade do nosso artificial e o prazer da pesca.

Por vezes teremos de pescar com 20g a 20m e essas mesmas 20g a 40m serem mais do que suficientes, tudo depende dos factores deriva e corrente face à profundidade em que estamos a pescar.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *